Enviado por Lucca Moreira | 27 de Setembro de 2024
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Tempo de Leitura: 7 minutos
1 frase de Mike Tyson para refletirmos sobre adaptabilidade;
1 frase de Hasan Minhaj sobre a verdadeira vitória da vida;
1 ideia original nossa sobre a verdade da procrastinação;
1 indicação de ótimo filme para o final de semana.
“Todo mundo tem um plano até tomar um soco na boca.”
– Mike Tyson
No livro Quem Pensa Enriquece, de Napoleon Hill, ele destaca como uma das atividades essenciais para o sucesso:
Definir seu objetivo de vida com data marcada.
Criar um plano para transformar esse objetivo em realidade.
Repetir isso em voz alta todos os dias de manhã.
Venho fazendo isso desde que li o livro, e é muito bom. A ideia central, na minha visão, é te convencer da possibilidade de atingir seu objetivo por pura repetição e auto convencimento.
Porém, o plano, por mais que faça sentido ter bem determinado, nunca será exatamente o seu caminho na prática. O principal motivo é que, quando começamos algo novo, nosso conhecimento sobre aquilo é mínimo, então a chance de acertar em cheio o plano que vai ser seguido também é mínima.
E é aí que nossa adaptabilidade se torna uma habilidade crucial. Todo mundo pode ter planos incríveis, e eles quase nunca vão acontecer da maneira que esperamos…
Porém, se o objetivo está traçado, adapte-se e continue avançando.
O navegador não começa sua aventura confiando que os mares permanecerão calmos e que ele ficará sempre no percurso; ele confia na sua habilidade de se adaptar quando a tempestade e o caos inevitávelmente chegarem.
Você é o navegador, e a vida é sua aventura. Você não precisa depender do seu plano perfeito, apenas na sua habilidade de se adaptar.
Planejamento é ótimo, mas lembre-se de que a qualquer hora você pode tomar um soco na boca… Quando essa hora chegar, o que mais vai contar é sua adaptabilidade em relação ao plano.
“O stand-up que vou fazer hoje às 19h20 é a vitória. Posso fazer comédia – eu venci. Não sou engenheiro, não sou médico – eu venci. O fato de ter que fazer X ou ser maior que Y – não, não, não. Para mim, o que importa sempre é o trabalho. Estou com o dinheiro da casa, em tempo integral”.
Essa frase foi dita por Hasan Minhaj, um comediante, filho de imigrantes muçulmanos nos EUA. As expectativas dos seus pais eram que ele se tornasse médico, engenheiro, cientista…
Ele, por outro lado, queria ser comediante. Por anos e anos, em toda festa de família, ele era o “errado”, a aberração. E, entre todas as perguntas e cutucadas que seus familiares aproveitavam para fazer, havia uma que o incomodava profundamente:
“Você acha que vai conseguir ser um comediante bem-sucedido?”
Ele não gostava dessa pergunta porque ela implicava que ele estava fazendo comédia como meio para atingir um fim. Porém, como a frase sugere, a vitória, o fim, é poder fazer comédia.
Me conectei muito com essa frase porque, ultimamente, a maioria absoluta das pessoas ao meu redor, quando conversam comigo, me perguntam: “Mas você acha que precisa fazer isso tudo para ter sucesso?”
Eu não sei se precisa, muito menos se tudo o que estou fazendo realmente vai me levar ao objetivo que estou buscando, por mais que eu acredite muito que sim…
E nada disso importa. Eu já venci, estou vivendo a vida que quero viver.
Essa mudança na forma de enxergar nossa vida faz muito bem. Começamos a apreciar mais o presente e o que estamos fazendo agora, porque ele não é um meio – é o fim.
Muitos agora devem estar pensando: “Mas eu não gosto de trabalhar, nem de me exercitar, ou qualquer outra coisa.”
Se o pensamento foi esse, sugiro ler a Tuesday da semana passada. Achamos que não queremos o desafio quando, na verdade, o desafio é o que nos faz felizes.
Ao invés de pensar “O que quero atingir?”, comece a pensar “Qual a vida que quero viver?”
É uma pergunta muito mais importante.
O sucesso se torna consequência, e sua felicidade deixa de estar atrelada a esse “objetivo final”, e sim ao caminho que está navegando agora.
“Procrastinar é o primeiro passo do trabalho. Nada como ficar à toa para realmente começar a agir”
– Lucca Moreira
Tenho estudado grandes inventores e empresários na história, e a grande maioria deles eram procrastinadores natos.
Thomas Edison quase cochichava antes de começar a trabalhar para estar em um estado de sonolência maior e ativar seu lado criativo…
Newton passava horas e horas olhando para fora da janela antes de ter grandes ideias…
Einstein era extremamente hiperativo e tinha uma dificuldade enorme de focar.
Porém, todos eles vieram a transformar o mundo que conhecemos para sempre.
E trago esses exemplos porque, para mim, o principal problema do mundo que vivemos hoje…
O principal problema que todos temos quando falamos de procrastinação, no fundo, não é procrastinação.
É alimentar nosso cérebro de estímulos enquanto procrastinamos. Eu DUVIDO que você consiga procrastinar mais de 30 minutos sem o celular. DUVIDO.
O tédio que a procrastinação deveria gerar para nos fazer começar a trabalhar não existe mais. Deixamos de refletir enquanto procrastinamos para nos perder em estímulos e vídeos legais.
Então, fica aqui uma provocação e desafio se você está passando por problemas de foco e dificuldade para começar a trabalhar… Demore o tempo que for para começar, porém você não pode usar seu celular.
Tenho absoluta certeza de que, se você procrastinar por muito tempo, não vai passar de 30 minutos. O tédio vai ser tão grande, principalmente porque estamos viciados em estímulos, que rapidamente você vai querer fazer algo.
É simples assim resolver a procrastinação: só se deixe entediar.
Onde assistir: Prime
Nota IMDB: 7.5
Em King Richard, conhecemos a história inspiradora de Richard Williams, pai e mentor das lendárias irmãs Venus e Serena Williams.
Com um plano claro e rígido para transformar suas filhas nas maiores tenistas do mundo, Richard se depara com diversos obstáculos e precisa aprender a se adaptar frente ao seu plano.
Este filme não é apenas sobre esporte; é uma lição poderosa sobre persistência, adaptabilidade e a coragem de seguir um sonho mesmo quando o mundo parece contra você. O caminho para a grandeza nunca é uma linha reta.
Até a próxima,
Lucca Moreira,
Co-Founder Insight Espresso
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