Enviado por Lucca Moreira | 17 de Dezembro de 2024
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Tempo de Leitura: 7 minutos
1 frase de Marco Aurélio para refletirmos sobre a única direção possível da vida;
1 texto de Billy Oppenheimer sobre um indicador pouco conhecido de sucessos nos relacionamentos;
1 desafio original nosso para fazer um detox importantíssimo;
1 indicação de um ótimo filme para o fim de semana.
Na última quarta-feira, Joe Rogan liberou um podcast com um dos meus grandes ídolos: Quentin Tarantino.
Se você não o conhece, Quentin Tarantino é um dos maiores e melhores diretores de cinema de todos os tempos. Ele é um verdadeiro GOAT e fez filmes como Kill Bill, Django, Bastardos Inglórios, Pulp Fiction…
Eu já vi todos os seus filmes mais de 5 vezes, quase todo ano reassisto.
Enquanto os dois conversavam sobre a história de Tarantino, ele compartilhou sobre um momento que foi crucial para tomar a decisão de perseguir seu sonho e que carrega uma grande mensagem.
Antes de começarem a fazer filmes, Quentin e seu grande amigo, também diretor, Roger Avary, trabalhavam em uma locadora chamada “Movie Archives”.
Eles gostavam do trabalho. Quentin conta: “Me permitia viver e respirar filmes, que era a maior paixão da minha vida”. Eles se tornaram conhecidos na comunidade pela qualidade das indicações que faziam.
“Eu sabia que não podia indicar um filme slasher e de terror que eu amava para uma mãe que ficava em casa… Eu precisava entender o que a pessoa queria e indicar para os seus gostos.”
No final, era um trabalho simples, que pagava um salário mínimo, mas ele ganhava com isso filmes infinitos para ver e rever, assim como um certo nível de autoridade na comunidade.
Ao mesmo tempo, não era isso que queria para sua vida. Seu sonho, sua paixão, seu destino, era ser diretor de cinema.
A transição para se tornar diretor de cinema, porém, era difícil, quase impossível, e, por causa disso, seu grande sonho foi se tornando secundário na sua vida.
Dos seus 22 aos 26 anos, ele seguiu adiando seu sonho, adiando os esforços necessários para se aproximar do grande objetivo.
Quentin tinha um amigo que morava com ele, Mike, que tinha 30 anos de idade e sempre foi um cara “divertido, estava sempre rindo e gastando conversa com nosso grupo”.
Até que, no ano em que fez 30, ele começou a mudar. “Ele estava frustrado, não estava vendo graça mais na vida que vinha levando, a realidade da sua situação tinha chegado.”
Em um belo dia, Quentin estava sentado com Mike conversando…
Nesse dia, Quentin o convida para encontrar a turma e ele recusa o convite. Quentin o questiona, e ele explica:
“Quentin, eu estou com 30 anos e ainda estou fazendo a mesma coisa dos meus 20. Eu fico amigo de um grupo, eu saio e me divirto, eu conheço garotas e aí todos crescem…
O grupo se dispersa, cada um vai pro seu canto. Aí chega outro grupo, fico amigo, e todo ciclo se repete. Tem 10 anos que eu estou fazendo isso.”
Essas palavras de frustração foram muito sinceras, e Quentin reconheceu, principalmente porque sua vida estava caminhando para se tornar exatamente a mesma do seu amigo.
Foi nesse desabafo de Mike que ele entendeu um dos grandes limitadores da vida, que é o tema da Insight de hoje: o “bom o suficiente”.
O “bom o suficiente” talvez seja o estado mais difícil de instigar a mudança, porque não está ruim, só não tão bom quanto gostaríamos.
Quentin estava feliz em seu trabalho, estava feliz em viver perto dos filmes, mas não era o seu sonho. Naquele discurso de Mike, ele entendeu algo que a maioria das pessoas passam a vida ignorando…
Que, se ele não tentasse perseguir seu sonho e os anos passassem, a frustração só iria aumentar, mesmo vivendo no “bom o suficiente”.
Então Quentin saiu da locadora, fez sua mala e foi morar no lugar mais perto de Hollywood que conseguia pagar, a parte coreana de Los Angeles.
A partir dali, com essa mudança, ele sabia que não tinha mais volta e começou a trabalhar como escritor em qualquer projeto que aparecesse.
Em alguns anos, conseguiu dinheiro e contatos suficientes para gravar seu primeiro filme: Cães de Aluguel.
O resto é história, cães de aluguel é considerado um clássico do cinema e depois dele todos os filmes seguintes de Tarantino se tornaram lendas.
A ideia do “bom o suficiente” é algo que me levou a uma profunda reflexão: Esse é o estado cujo a grande maioria das pessoas passam suas vidas inteiras.
Nunca infelizes o suficiente para começarem a mudar de verdade, nunca felizes o suficiente para estarem totalmente realizados.
É o purgatório do ser humano, e ele consome a nossa vontade. E o considero como purgatório porque todos vamos nos encontrar nesse limiar…
Onde tudo está bom o suficiente, mas não está incrível, e sair dele requer uma força extraordinária.
Uma força que precisa, acima de tudo, ser construída, através do dia a dia, através dos sacrifícios, porque o “bom o suficiente” é confortável e, portanto, a tendência natural é continuarmos nele.
Grande parte das mudanças que comecei este ano foi tentando me livrar do “bom o suficiente”. A sensação era que conseguia fazer mais, mas não encontrava forças, estava muito confortável…
E, durante o ano passado, cada decisão que tomei nesse estado foi aumentando minha frustração. Até que, em dezembro, senti que estava começando a perder a felicidade que sempre tive na minha vida.
O purgatório é isso… Ele só existe em sua forma apática, não move a agulha para lugar nenhum, o que, com o tempo, invariavelmente vai levar à frustração e…
Na sua apatia, a frustração também não é forte o suficiente para gerar a transformação, somente incomoda, no cantinho da nossa mente.
Foi nesse limbo que descobri que, para sair desse estado, precisamos, mais do que qualquer coisa, começar a montar os bloquinhos da nova vida.
A Insight tem a promessa de ajudar as pessoas a ficarem 1% melhores todos os dias por que apliquei e vi a força dos 1% nesse processo de sair desse estado apático!
O que começa a movimentar a vida de verdade nunca são os grandes passos, são sempre os pequenos passos, feito vezes o suficiente para percebermos que estamos melhor do que antes.
À medida que as pequenas coisas vão acontecendo, o estado em que estamos começa a se tornar insuficiente. Começamos a entender que o que estávamos sentindo não é o melhor que conseguimos…
Que somos feitos para mais, para sentir mais, para conquistar mais. O “bom o suficiente” perde seu lugar para “preciso fazer mais”.
Basicamente, através dos pequenos passos, os grandes sonhos começam a sair do fundo da mente e começam a ter influência novamente nas nossas decisões…
Tudo porque, ao ser 1% melhor todos os dias, estamos mostrando para nossa mente confortável que nossos grandes objetivos são atingíveis, por mais distantes que estejam.
Neste final de ano, reflita se você se encontra no estado do “bom o suficiente”.
Se estiver, lembre-se de que você consegue mais, que o que você está sentindo aqui e agora não é sua forma final.
Então, monte uma lista de 5 itens simples que você vai incluir na sua rotina. Reserve 1 destes itens para algo mais difícil e que esteja alinhado ao seu sonho.
Estamos preparando sua mente para começar a entender o ano que vem com outras óticas, com um olhar de mudança.
“Não tenha medo de desistir do bom para conquistar o ótimo.”
– John D. Rockefeller
Até a próxima,
Lucca Moreira,
Co-Founder Insight Espresso
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