#016 Rir para não chorar, a mala perdida e empatia como modelo

Enviado por Lucca Moreira | 07 de Junho de 2024

A Friday Teasers também está no Spotify. Para escutar é só  clicar aqui.

Rir para não chorar, a mala perdida e empatia como modelo

Tempo de Leitura: 6 minutos

O que vamos explorar hoje?

  • 1 frase de Haley Quinn sobre lidar com pequenos desastres no dia a dia;

  • 1 texto do Sahil Bloom sobre a mala perdida de Ernest Hemingway;

  • 1 ideia original nossa para buscarmos ser mais empáticos uns com os outros;

  • 1 indicação de um ótimo filme para o fim de semana.

Lidando com os “desastres” diários

“Há muitas ocasiões em que dizer: ‘…e tá tudo bem’ ajuda a aliviar os inevitáveis altos e baixos da vida: ‘Acabei de deixar um pote de cereal cair no chão…’, ‘meu filho está com piolho…’, ‘esqueci de trocar nossos voos de férias…’ E TÁ TUDO BEM.”

– Haley Quinn

Eu não uso o método do “e tá tudo bem”, mas consigo não me estressar com as coisas bobas do dia a dia com um método parecido. Ao invés de falar “e tá tudo bem”, eu começo a rir.

Existe uma linha muito tênue entre o “desastre” acontecer (como derrubar um copo de café na mesa) e ficarmos indignados, estragando parte do nosso dia. Eu, particularmente, ficava INDIGNADO com esses vacilos (kkkk).

O que mudou é que agora olho para a situação com um olhar cômico, me coloco de fora, e naturalmente começo a rir. Vou à cozinha, pego o papel toalha e limpo a bagunça.

A raiva, depois de começar a rir, se dissipa por completo. Citando os Estóicos, consegui mudar a forma como lido com os eventos e não os eventos em si, até porque eu sou distraído, então eles vão continuar acontecendo.

Ao invés de deixar aquilo mudar meu humor e meu dia, eu mudo o peso da situação rindo do meu vacilo.

Continuo derramando café, batendo dedinho na quina e quebrando copo, mas agora com um sorriso no rosto.😁

A mala perdida de Ernest Hemingway

Este texto é uma tradução quase literal do texto de Sahil Bloom, que achei profundo e muito forte, portanto mantive na íntegra.

Em 1922, Ernest Hemingway era um jovem de 23 anos, aspirante a novelista, trabalhando como correspondente em Paris para o jornal Toronto Star.

O jovem Hemingway, que tinha se casado recentemente e estava respirando a cultura de Paris, trabalhava durante o dia no jornal e, à noite, focava em construir seu livro de ficção.

Em dezembro de 1922, um pouco de falta de cuidado (e má sorte) levou Hemingway a sofrer uma tragédia criativa… Enquanto sua esposa Hadley viajava para visitá-lo na Suíça, ela perdeu a mala que continha todo o manuscrito e cópias do livro de Hemingway.

Eu só consigo imaginar o quanto deve ter doído perder isso. Ele tinha dedicado anos construindo aquela obra. Sinceramente, acho que ficaria arrasado por bom um tempo. Já perdi pequenos textos que doeram muito, imagina um livro.

Apesar desse grande obstáculo, Hemingway não se distanciou de seu objetivo. Além disso, conseguiu utilizar esse evento externo a seu favor.

Sentindo a pressão de um novo prazo apertado, ele tornou sua escrita mais concisa, usando menos palavras, frases menores e parágrafos mais curtos. Isso melhorou (e muito) sua escrita no geral.

Hemingway se tornou conhecido pelo seu estilo de escrita simples e com frases curtas, que se tornou sua identidade como escritor.

A mala perdida é um exemplo perfeito de como um desafio foi transformado em uma oportunidade para melhoria, através da forma como Hemingway decidiu encarar aquele fato. Ser adaptável é essencial (e é uma habilidade que conseguimos construir).

“Não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais inteligente. É aquela que mais se adapta às mudanças.” — Charles Darwin

A vida é caótica. Se você consegue abraçar o caos e fluir com ele, você irá achar um jeito de vencer.

As batalhas que só nós mesmos conhecemos

“Todos nós estamos lutando guerras internas que só nós sabemos que estão acontecendo. Isso é motivo suficiente para sermos mais empáticos uns com os outros.”

– Lucca Moreira

Estava refletindo na quarta à noite, numa pequena insônia que tive, sobre essa ideia. É muito louco o quão pouco sabemos sobre o que pessoas, muitas vezes próximas de nós, estão passando.

Existem certas cobranças, vontades e problemas que nós guardamos para nós mesmos, e enxerguei isso como algo positivo em dois ângulos:

  1. Isso faz com que parte da nossa vida seja 100% nossa. É você com você, desbravando e batalhando na sua jornada do herói. Eu gosto dessa sensação, de ter esses objetivos ocultos do mundo para que eu consiga conquistá-los sozinho também.

  2. Se estamos passando por isso, os outros estão também, o que naturalmente me faz ser mais empático. Tentar ser sempre uma pessoa prestativa e compreensiva é a forma que consigo ajudar o outro nessa batalha que ele está lutando sozinha.

1 Filme: Conta Comigo

Onde assistir: Netflix

“Conta Comigo” (1986) é um clássico atemporal que vai além da simplicidade de uma aventura juvenil para explorar as profundezas das batalhas internas que todos enfrentamos.

Baseado na novela de Stephen King, o filme conta a história de quatro amigos – Gordie, Chris, Teddy e Vern – que embarcam em uma jornada para encontrar o corpo de um garoto desaparecido. No entanto, essa jornada externa é apenas um reflexo das lutas internas de cada personagem.

Cada um dos protagonistas enfrenta suas próprias batalhas pessoais: Gordie lida com a dor da perda de seu irmão e a negligência dos pais, Chris luta contra os estigmas associados à sua família problemática, Teddy tenta encontrar um sentido de valor e honra apesar do abuso sofrido, e Vern luta contra sua própria insegurança e medo. Essas lutas, invisíveis para o mundo exterior, são o coração da narrativa de “Conta Comigo”.

O filme nos lembra que todos carregamos nossas próprias guerras internas – lutas silenciosas e invisíveis que moldam nossas vidas. Essas batalhas podem ser tão desafiadoras quanto qualquer aventura épica, e muitas vezes, enfrentá-las exige mais coragem do que qualquer jornada física.

Ao assistir “Conta Comigo”, somos convidados a refletir sobre nossas próprias lutas e a reconhecer que, como os personagens, todos ao nosso redor também enfrentam seus próprios desafios.

Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso

PS: Eu sei que o filme é antigo mas prometo que você não vai se arrepender de assistir.

Se inscreva agora gratuitamente com seu Email.

Form with Style
Ative o JavaScript no seu navegador para preencher este formulário.
De 1 a 5, qual nota você daria para a qualidade desse conteúdo?