#026 Amar a arte, subtração sábia e viver intensamente

Enviado por Lucca Moreira | 12 de Julho de 2024

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Amar a arte, subtração sábia e viver intensamente

Tempo de Leitura: 6 minutos

O que vamos explorar hoje?

  • 1 frase de Marco Aurélio sobre fazer o que amamos;

  • 1 frase de Lao-Tsé sobre sabedoria e conhecimento;

  • 1 ideia original nossa sobre viver a sua felicidade;

  • 1 indicação de um ótimo filme para o fim de semana.

Seja um artista

“Ama a arte humilde que aprendeste, e descansa nela. Atravessa o resto dos teus dias como alguém que entrega de todo o coração todos os seus bens aos deuses, não te tornando nem um tirano nem um escravo para pessoa alguma.”

– Marco Aurélio

As frases de pessoas como Marco Aurélio são interessantes porque são tão profundas que, a cada releitura, entendemos algo novo.

Na minha interpretação, o que Marco Aurélio quer dizer é: ame o que você desenvolve, não o que você tem. O que você tem pode vir e ir a qualquer hora; o que construímos e desenvolvemos é a verdadeira riqueza na vida.

E aqui não estou pregando que “o dinheiro é ruim” ou “a riqueza faz mal”, nada disso. A riqueza é importante para que, com ela, possamos obter o poder da escolha para praticar nossa arte.

Um exemplo muito bom é o dos comediantes. Eu acompanho muitos e gosto bastante dos americanos, como Louis CK, Dave Chappelle, Matt Rife, entre outros. Hoje, eles são milionários e já conquistaram tudo o que se pode imaginar, especialmente os dois primeiros. Mesmo assim, volta e meia, eles estão em uma espelunca apresentando seu show milionário para um grupo de 30 pessoas.

Eles amam o que fazem. ESCOLHEM estar na espelunca porque gostam, e acredito que a mensagem é essa.

Fazer o que amamos é uma peça fundamental na nossa vida, e se você está pensando “ah, mas eu não tenho tempo… Eu preciso ganhar dinheiro e pagar contas…” você está certíssimo.

Não estou dizendo que o que você ama precisa se tornar seu trabalho e sua vida, como no caso dos comediantes, só estou te dizendo para não abandonar aquilo por causa dessas outras coisas.

Você está reservando tempo para fazer o que ama? Viva por isso, faça essa escolha. Você provavelmente vai se surpreender com o que isso pode se tornar.

Sabedoria está na subtração

“Para obter conhecimento, acrescente coisas todo dia. Para obter sabedoria, subtraia.”

– Lao-Tsé

Essa frase o Arthur me enviou após a Tuesday desta semana e achei muito forte para não aproveitar já que estamos neste tópico.

Acrescentar e subtrair andam sempre de mãos dadas; ter a clareza do que entra e do que sai da sua vida é onde está o verdadeiro crescimento.

Esta semana, recusei uma oportunidade de trabalho incrível, uma chance de trabalhar perto de pessoas inspiradoras em uma empresa com enorme potencial de crescimento.

Por mais atraente que a proposta fosse, ela não estava alinhada com meus objetivos e meu propósito atual. Por isso, tive que recusar. E sei que nunca vou me arrepender dessa decisão, pois foi alinhada com meu propósito.

O Lucca de 6 meses atrás talvez tivesse aceitado impulsivamente, mesmo sabendo que não era a coisa certa; encontraria todas as justificativas racionais para validar a decisão, e eu sou mestre nisso. Eu aprenderia muito? Sim. Seria uma decisão sábia? Não.

Enxergue na sua vida o que precisa ser subtraído; geralmente nós sabemos antes de começarmos a racionalizar. Use esse instinto e corte o que for necessário.

Prefiro ser louco e feliz

“Só nós mesmos somos capazes de entender o que nos faz felizes de verdade, mesmo que pareça insanidade para outras pessoas, mesmo que pareça insanidade para você mesmo.”

– Lucca Moreira

Para explicar essa ideia, vou ser bem pessoal, porque foram anos para entender isso de verdade.

Quando entrei na Mamba, uma empresa pouco convencional para os padrões e normas sociais, eu dizia pra mim mesmo: “legal, mas não quero viver nessa intensidade e obsessão que eles vivem.”

Depois de 6 meses na Mamba, não só entendi que o caminho da obsessão era o meu caminho, mas também comecei a trabalhar 12 horas por dia, incluindo fins de semana e feriados. Apesar disso, pensava: “bom demais, mas da mesma forma que trabalho muito, preciso aproveitar a vida, sair, beber, curtir intensamente.”

Assim o fiz por dois anos subsequentes, até que, este ano, tudo mudou novamente. Beber se tornou inútil, estou largando (com dificuldades) todos os meus vícios, saio pouco, fico muito em casa e só penso em uma coisa todos os dias: crescer a Insight. Nunca estive tão feliz e realizado na minha vida.

Nessas três épocas, eu fui feliz. Sou uma pessoa feliz no geral, e mesmo que tenha mudado muito, nessas três fases o que escutava das pessoas ao meu redor era sempre a mesma coisa:

  • Ah, pra que isso… Pra que trabalhar tanto… Equilíbrio é tudo… Como assim você parou de fazer isso ou aquilo? Não faz sentido nenhum.

Continuamente e repetidamente por todos esses anos, o feedback era o mesmo. Minha conclusão: faça o que te deixa feliz e ignore o resto. Só você sabe seus objetivos, seu propósito, sua forma de levar a vida.

Se eles não entendem, é problema deles.

Eu estou feliz em trabalhar todo domingo, em estar trabalhando o dia inteiro todos os dias, em passar mais tempo em casa à toa, em não beber, em viver obcecado pela minha missão.

É insanidade? Talvez, mas o que é ser são? Prefiro ser feliz e louco.

1 Filme: Meia-Noite em Paris

Onde assistir: Netflix

“Meia-noite em Paris” é um “ótimo filme” dirigido por Woody Allen que segue Gil Pender, um roteirista de Hollywood com o sonho de se tornar romancista. Durante uma viagem a Paris, Gil experimenta uma transformação mágica que o leva a questionar suas escolhas de vida e a se reconectar com sua verdadeira paixão, a escrita.

A magia e a nostalgia de Paris, combinadas com encontros inesperados, tornam essa jornada irresistível.

O filme destaca a importância de fazer o que se ama, mostrando que a verdadeira satisfação vem de perseguir nossos sonhos. Gil, apesar de seu sucesso profissional, sente um vazio que só é preenchido ao se dedicar ao que realmente ama.

A história inspira os espectadores a refletirem sobre suas próprias paixões e a buscarem o que realmente lhes traz alegria, independentemente das dificuldades que possam encontrar.

Além disso, “Meia-noite em Paris” enfatiza a coragem de viver a vida que desejamos, mesmo que pareça uma loucura para os outros. A jornada de Gil é um lembrete de que viver autenticamente e de acordo com nossos próprios valores é essencial para a felicidade.

A combinação de uma narrativa envolvente, personagens cativantes e a mágica de Paris faz deste filme uma experiência imperdível, convidando o público a embarcar nessa viagem inspiradora e nostálgica.

Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso

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