#030 Servir, bancar o tolo e o quadro de conquistas

Enviado por Lucca Moreira | 26 de Julho de 2024

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#030 Servir, bancar o tolo e o quadro de conquistas

Tempo de Leitura: 6 minutos

O que vamos explorar hoje?

  • 1 pergunta de James Clear (escritor) para refletir sobre servitude e egoísmo;

  • 1 vídeo de Ethan Hawke (ator) sobre bancar o tolo;

  • 1 ideia (semi) original nossa para ajudar nos momentos de insegurança;

  • 1 indicação de um ótimo filme para o fim de semana.

Servir vs Egoísmo

“É importante ter limites na vida, porém às vezes você pode se sentir culpado por esses limites. Eu não deveria ser generoso? Eu sou cruel se eu falar não para isso?”

– James Clear

Achei incrível porque as pessoas que tendem a gostar de agradar e fazer o bem irão se fazer essa pergunta, repetidamente, durante a vida.

A conclusão é: a vida é um mix entre se entregar para os outros e se reservar, ou seja, é uma pergunta muito mais sobre quando devemos fazer cada.

Você não consegue ser tudo o tempo todo, então precisa enxergar onde vai querer servir aos outros e quando vai querer servir a si mesmo. Porque sem servir a si mesmo, uma hora servir aos outros vai deixar de ser algo positivo e se tornará uma drenagem de energia.

Eu, Lucca, comecei em uma escala mais egoísta, diria que era 80% servir a mim mesmo e 20% servir aos outros. Quanto mais comecei a refletir, entender meus relacionamentos passados e minha relação com minha família, percebi que não gostava de estar nesse desequilíbrio.

A balança mudou mas continuou desequilibrada, porém, para o outro lado. Servia 80% e me servia 20%.

Aceitava tudo, dizia sim para qualquer coisa e me dispunha a assumir missões que poderia recusar. O resultado foi cansaço extremo, insatisfação e perda de autovalorização.

Temos que estar tendendo para os 50/50, buscando esse equilíbrio.

Para qual lado você está mais desequilibrado? Reflita e comece a equilibrar sua balança. Ambos são importantes para estarmos felizes, ajudando e sendo melhores pessoas.

Banque o tolo

O Ethan Hawke, nesse vídeo abaixo, traz tantos pontos interessantes e válidos que eu tive até certa dificuldade de entender em que focar. Por isso, estou deixando o vídeo aqui também. Ficou SENSACIONAL.

A parte que mais me chamou a atenção foi a de bancar o tolo. No fundo, encontrar a paz em fazer isso vai te levar a coisas boas na vida.

Criar histórias, ler e escrever sempre foram minha paixão, sem dúvida sobre isso. Com 12 anos de idade, eu lembro que brincava com um grande amigo meu e criávamos mundos complexos de magos, dragões e diferentes territórios em guerra em um apartamento de 80m².

Quando ia brincar com outros amigos, ninguém conseguia me entender, então comecei a adaptar e reprimir essa paixão…

Foi entrando no marketing que ela ressurgiu, e com a Insight que se tornou uma certeza, tudo porque eu me dei a chance de bancar o tolo.

Há textos que eu acho horríveis e muitas pessoas gostam, há campanhas de marketing nas quais estou convicto que vão dar certo e falham em grande escala. E não importa, eu estou me divertindo durante todo o processo.

Dói às vezes, as dúvidas surgem sim, mas aceitei que, para conseguir ser criativo, escrever livros ou até filmes, eu preciso primeiro começar pequeno e me dispor a bancar o tolo.

Quanto mais medo temos de bancarmos o tolo, mais distantes da nossa verdadeira paixão nos colocamos. Porque, no fundo, as coisas que mais queremos são as que mais temos medo de ser criticados, falhar e errar.

E falei de escrita, mas criatividade e paixão se encontram em qualquer coisa nas nossas vidas. E não acredito que seja só uma, existem várias. Pode ser uma paixão por liderar, por ensinar, por exercitar, por criar ou por seguir.

Só que, para chegar em qualquer que seja sua paixão, você precisa estar disposto a bancar o tolo. Banque o tolo.

Quadro das conquistas

Crie um quadro de conquistas e visualize tudo de incrível que você já fez na vida.

Digo que é uma ideia semi-original porque não fui eu que a criei, vi em um vídeo perdido no YouTube, mas fiz uma modificação. O quadro de conquistas é basicamente um lugar onde você coleta tudo que já conquistou e que te fez sentir orgulho. Pode ser escrito, em imagens, em vídeo, não importa.

Eu fiz e vem me ajudando demais, porque haverá momentos em nossas vidas em que nos sentiremos pequenos, incapazes, insatisfeitos. E toda vez que você se sentir assim, sugiro que retorne ao seu quadro.

Imagino que algumas pessoas que estão lendo vão pensar: “Mas eu não conquistei nada na minha vida.” E eu digo: MENTIRA!

Aqui não são coisas que vão mudar o mundo, são coisas das quais você se orgulha. Todos temos conquistas, só que para enxergá-las não podemos nos comparar. É se comparando que vamos nos diminuindo e diminuindo nossos grandes feitos.

E é algo pessoal também; ninguém vai ter acesso ao seu quadro de conquistas além de você. Então, para quem sentiu uma pequena vergonha só de pensar nisso, eu pergunto: vergonha de quem?

O quadro vai te mostrar que você é sim incrível, e que você já conquistou muito.

Uma coisa que coloquei no meu, por exemplo, foi meu primeiro estágio de 1 mês na FIAT, que fiz com 15 anos.O que tem de incrível nisso? Nada para o resto do mundo, mas para mim, tem muito. Tive que me relacionar com pessoas muito mais velhas, sair da zona de conforto, participei de reuniões incríveis e me senti um adulto pela primeira vez na minha vida.

Crie seu quadro de conquistas, enxergue as grandes coisas que você já fez para ter forças para conquistar ainda mais.

1 Filme: Antes do Amanhecer

Onde assistir: Max

Nota IMDB: 8.1

Falamos do Ethan Hawke, então não podia deixar de mencionar um filme dele. Ele está incrível nesse filme, assim como sua contraparte, Julie Delpy.

Antes do Amanhecer é o primeiro filme da trilogia “Before” e é um filme que você vai querer reassistir várias vezes na vida. Eu já assisti umas três vezes.

Embora seja classificado como romance, acredito que ele vai muito além disso. O filme é filosófico, cada diálogo te faz pensar e refletir sobre a vida. É real, cru e muito bem atuado.

Durante todo o filme, você acompanha a jornada de duas pessoas que se conhecem em um trem e decidem passar um dia conhecendo a cidade de Viena (um extra, cada cena ficou linda). Eles estão se conhecendo, conversando e vivendo essa experiência.

As conversas são tão reais que, em alguns momentos, você se sente com eles em Viena, resenhando. Sua simplicidade contagia, e garanto que será uma experiência que te fará querer assistir os outros dois filmes subsequentes.

Aproveite, pois esta é uma pérola digna de ser vista e revista por toda a vida. Eu vou enviar um email no Domingo explicando mais sobre essas notas que estamos colocando, fique de olho.

Uma frase de um diálogo dentre os 50 que existem no filme:

Jesse – “A vida é difícil. Têm que ser assim. Se a gente não sofresse, nunca iríamos aprender nada.

Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso

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