#034 Faça por você, sacrifícios e pequenos prazeres

Enviado por Lucca Moreira | 09 de Agosto de 2024

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#034 Faça por você, sacrifícios e pequenos prazeres

Tempo de Leitura: 5 minutos

O que vamos explorar hoje?

  • 1 frase de Quentin Tarantino (diretor de cinema) sobre fazer por nós mesmos;

  • 1 pergunta de Jordan Peterson sobre a necessidade de sacrifícios;

  • 1 ideia original nossa;

  • 1 indicação de um ótimo filme para o fim de semana.

Fazer por você

Você faz filmes com um público em mente?

“Sim, faço. Mas o público que tenho em mente não é uma mancha sem rosto por aí que estou a tentar adivinhar. Sou eu. Eu sou o público. Sou o tipo que vai a um cinema e paga para ver um filme no dia da estreia.”

– Quentin Tarantino

Se você já viu algum filme do Tarantino (e espero que tenha), é muito claro que ele faz os filmes para se divertir. Haverão pessoas que vão amar e outras que vão odiar, e ele não está pensando nisso, porque, no fundo, o filme foi feito para ele assistir.

Nas nossas vidas, continuamente focamos em agradar os outros, criar coisas para as outras pessoas e ficar esperando na porta por sua aprovação.

Ela nunca virá do jeito que imaginamos, e, por isso, precisamos fazer por nós.

Haverão pessoas como você pelo mundo que irão apreciar o que está fazendo e, se não houver, você vai estar feliz porque fez para si, para você aproveitar.

E isso vale para tudo, não só trabalho criativo. Pode ser na nossa vontade de praticar determinado esporte para ser aprovado, gostar de certas coisas para fazer parte ou tomar decisões a partir do que outras pessoas querem.

Você pode até estar agradando os outros, mas esse caminho é complicado porque, na hora que parar de agradar, ficará um vazio. Mude o jogo, faça por você e encontre quem aprecia as mesmas vontades.

Viva da forma que você quer, faça por você

A ganância de querer tudo

“Como é que se pode ser o melhor que se pode ser sem ser capaz de sacrificar voluntariamente tudo para o conseguir?”

– Jordan Peterson

Achar que se pode ter tudo na vida é o maior erro que podemos cometer na nossa jornada. Não existe ter tudo.

Eu não sou religioso, mas tenho muito interesse em teologia porque acredito que as religiões nos ensinam demais. Os princípios religiosos existem por se provarem no tempo e possuem um objetivo: nos passar uma mensagem importante para vivermos.

E em todas elas, a ganância é considerada um problema. No cristianismo, por exemplo, é um dos sete pecados capitais. Meu entendimento é que está lá não porque devemos nos abster de querer coisas na vida ou acumular riquezas.

Ela está lá porque a ganância é uma vontade de ter tudo, o que nunca vamos conseguir. O ser que tenta conquistar tudo acaba sem nada.

Pode ser visto com Midas, cego pela vontade de riqueza infinita, pedir aos deuses (Mitologia Grega) para transformar tudo que tocava em ouro, até entender que, isso o impossibilitava de comer ou beber.

É Ícaro, com sua vontade de se tornar um deus poderoso, utilizando sua recém-adquirida habilidade para voar tão alto que foi queimado pelo Sol.

É o conto budista do rei que prendeu o pássaro e, depois de tê-lo em sua posse, esse lindo animal se tornou horrendo e sem energia em sua gaiola de ouro.

A vida requer sacrifícios. Ela exige que tenhamos a clareza de que vamos seguir por um caminho e nos abster de todo o resto. É assim que os grandes conquistaram o que queriam, sabendo deixar certas coisas de lado.

Aproveitando as Olimpíadas, todos que estão lá sacrificaram MUITO: lazer, tempo com familiares, festas, baladas e oportunidades de riqueza em outras áreas…

Isso para terem uma pequena chance de ganhar uma medalha. E é exatamente por este motivo que conseguiram chegar lá e é tão emocionante assistir suas competições.

A excelência requer sacrifícios. O que na sua vida você sabe que precisa sacrificar para chegar ao ponto que deseja alcançar?

Pequenos prazeres, grandes desconfortos

“Busque sempre estar fazendo algo simples que você ama e algo que você desgosta com força. Um é para te trazer prazer nas pequenas coisas, o outro é para mostrar para si quem está no controle.”

– Lucca Moreira

Na minha vida hoje, o que não abro mão mesmo, que é pequeno mas me faz MUITO feliz:

Comer um hambúrguer feito lá em casa no sábado ou na sexta e assistir a um filme. Sem exceção, todo fim de semana como um hambúrguer e assisto a um filme.

Posso abdicar de todo e qualquer prazer se estou fazendo isso. Simples, mas significa muito para mim.

Acho importante esse pequeno momento pelo simples motivo de que nós, seres humanos, somos movidos a recompensa. Além da satisfação interna que temos de estar no caminho certo, é bom ter uma satisfação externa, uma recompensa para te lembrar desse caminho.

O que você colocaria como essa recompensa simples que te traz grande prazer?

E, do outro lado, a importância é muito clara: viver no desconforto é necessário para a evolução. Submeta-se a isso sempre que conseguir.

Esportes e academia sempre foram algo tranquilo para mim, porque nunca deixei de fazer, por isso me inscrevi em uma meia maratona em novembro.

Eu ODEIO correr. Já tentei no começo da pandemia e fiquei 1 ano correndo, mas acho insuportável.

Exatamente por isso, decidi assumir esse compromisso.

Qual desafio você precisa colocar na sua vida para ensinar para si quem está no controle?

1 Filme: Django Livre

Onde assistir: Netflix

Nota IMDB: 8.5

Falamos do Tarantino, que por sinal é meu diretor favorito, então o filme tem que ser dele. Django é surreal de bom, é emocionante, cômico e, principalmente, divertido.

Poderia falar aqui sobre como Django é uma história de superação e amor incrível, mas o principal para mim é ser um filme bom de assistir.

Eu já assisti mais de 10 vezes e, toda vez que vejo, gosto tanto quanto, senão mais.

No fundo, sua maior qualidade é ser um filme ótimo de assistir.

É uma montanha-russa de emoções; o Tarantino é mestre em fazer você chorar e se divertir profundamente em menos de 20 minutos.

Atuações incríveis, uma verdadeira história de herói e uma direção ESPETACULAR fazem Django estar no meu top 5 filmes, e acredito que estará na sua lista também.

Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso

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