#060 Sistemas, tomada de decisão e opinião

Enviado por Lucca Moreira | 07 de Novembro de 2024

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#060 Sistemas, tomada de decisão e opinião

Tempo de Leitura: 7 minutos

O que vamos explorar hoje?

  • 1 frase de James Clear sobre o que significa viver por sistemas;

  • 1 frase de David Foster Wallace que mostra a força de mudar de opinião;

  • 1 ideia original nossa para carregar consigo sempre que tomar uma decisão;

  • 1 indicação de um ótimo filme para o fim de semana.

No longo prazo, o sistema conta mais do que os objetivos

“O verdadeiro pensamento de longo prazo é um pensamento sem objetivos. Não se trata de uma única realização. Trata-se de um ciclo de refinamento e melhoria contínua sem fim. Em última análise, é o seu compromisso com o processo que determinará o seu progresso.”

– James Clear

Hábitos Atômicos (para comprar só clicar aqui) foi, sem dúvida, um dos livros que mais me ajudou a entender o que significa jogar o jogo do longo prazo, e essa frase tirei diretamente dele.

É importante ressaltar que isso não significa que não devemos ter objetivos e metas, pois eles importam também. Mas, na construção de hábitos, eles importam menos ou até podem atrapalhar.

Metas servem para apontar a direção; hábitos, para nos manter jogando.

Gosto muito de outra frase do James Clear: “Vencedores e perdedores possuem as mesmas metas.”

Foi essencial entender isso — na verdade, foi um soco no estômago — porque essa visão tira o poder de ter grandes metas e o coloca na força de ter grandes sistemas.

Se as metas são as mesmas, e uma pessoa que faz exatamente o que eu faço atingiu um sucesso enorme e eu não, meu problema está no sistema que estou vivendo, e não meus objetivos.

Trazendo para a prática, o melhor exemplo na minha vida é o exercício físico. Eu NUNCA tive metas de peso, gordura corporal e por aí vai. Ao mesmo tempo, introduzi muito cedo no meu sistema a constância no exercício.

Hoje, estou, sem dúvida, no melhor shape da minha vida. No ano passado, estava no melhor shape da minha vida. No ano retrasado, estava no melhor shape da minha vida.

O ponto é: eu nunca vou parar de melhorar, porque introduzi esse hábito no meu sistema. Eu não estou buscando um ponto final; quero apenas continuar jogando.

Enquanto isso, vejo pessoas, todo começo de ano, dizendo: “Nossa, este ano eu emagreço X quilos…” Ou: “Este ano eu perco tanto de gordura” ou “Vou crescer tanto.”

Meses passam – às vezes, até semanas – e a pessoa esquece dessa meta e de todo o planejamento.

Foque em introduzir sistemas, em continuar jogando o jogo

Mudar de opinião é um ótimo hábito para a vida

“Uma grande porcentagem das coisas das quais eu costumo ter certeza absoluta é, ao que parece, totalmente errada e ilusória.”

— David Foster Wallace

A cada dia que aprendo mais, vejo o quanto eu estava errado. É um fenômeno incrível.

Se você falasse com o Lucca de 6 anos atrás que ele, hoje, teria sido curado graças à medicina oriental e mudanças na sua alimentação, ele riria alto.

Se você falasse com o Lucca de 3 anos atrás que, hoje, ele estaria buscando se conectar ainda mais com seu lado espiritual, ele não só riria, mas se chamaria de burro.

Se você falasse com o Lucca de 2 anos atrás que ele estaria, hoje, buscando a sobriedade em todas as suas formas, ele acreditaria que havia falhado em seu objetivo de ser feliz.

Mudar de opinião é uma das maiores dádivas que podemos cultivar. E, para cultivá-la, precisamos, antes de tudo, ter:

  • A curiosidade de olhar para lugares que nunca antes olhamos;

  • A humildade para entender que estar errado é, quase sempre, melhor do que estar certo.

A única coisa que nos impede de mudar de opinião é o nosso ego, sempre querendo estar certo, e, nesse caso, o resultado será a estagnação.

Olhe ao seu redor e, com certeza, você enxergará pessoas paradas no tempo; geralmente, são as mais ansiosas e desesperadas para que “algo mude”.

Esteja aberto a mudar de opinião, tente deixar o ego de lado, é um caminho que só trará profundas lições.

Tenha convicção das decisões que tomar

“Tomar uma decisão é como plantar uma semente em um solo que você escolheu. Você não sabe se aquele solo é o melhor de todos, mas é onde você decidiu plantar. Ao invés de desenterrar a semente e plantar em outro terreno que havia sido cogitado, você cuida dela, rega e dá tempo para crescer. É o cuidado e a paciência que farão a planta crescer — não o solo perfeito, porque o solo perfeito não existe.”

Eu era muito indeciso com tudo; até hoje tenho problemas para escolher filmes, por exemplo. Mas algo que venho treinando e melhorando é a forma como lido com as decisões que tomo.

A decisão em si sempre vai gerar uma perda; faz parte do ato de decidir. Você está optando por um caminho em vez de outro, e esse peso da perda é forte.

Apesar disso, qualquer decisão pode gerar bons e maus frutos; o que vai definir isso é sua atitude após a tomada de decisão.

Já me peguei incontáveis vezes culpando alguma decisão que tomei pelo meu insucesso em algo, pensando em maneiras de voltar atrás e trocá-la. E aqui é onde está o maior problema.

Esse sentimento de querer voltar atrás, de refazer, é o maior erro. Primeiro, porque não é possível; segundo, porque tira a vontade de fazer a atual decisão dar certo.

A ÚNICA forma de entender se a decisão foi um sucesso ou um fracasso é internalizá-la e seguir em frente até que, efetivamente, o que você está fazendo se concretize e revele a realidade dessa escolha.

Até você concretizar sua decisão, é preciso se desprender das outras antigas opções, porque não tem volta. Até a decisão tomada se concretizar, considerar qualquer outra coisa é deixar sua imaginação, medo e sentimento de perda guiarem seu caminho.

E claro, isso não é fácil. A força e resiliência necessária para tomar uma decisão e não olhar para trás é algo que precisa ser treinado, praticado.

A opção que ficou no passado vai ficar te chamando sempre que você der a chance, ela vai parecer melhor e mais bonita do que a realidade concreta.

O que hoje fico reafirmando quando vem esse sentimento de “fugir” ou voltar atrás é:

“Não existe a melhor decisão, só existe a decisão que eu tomei. Fique até dar certo.”

1 Filme: Sem Limites

Onde assistir: Prime

Nota IMDB: 7.4

Um filme que provavelmente você já assistiu, mas estou trazendo aqui porque gostaria que você o reassistisse com outro olhar.

Ao invés de ver o filme com a perspectiva de que o protagonista está usando uma droga que ativa 100% do cérebro, que é a premissa, veja-o como uma construção de sistemas que o levam a fazer mais, a se organizar melhor e a se tornar uma pessoa melhor.

Digo isso porque reassisti há pouco tempo e tive a impressão de que a droga, na verdade, importa para acelerar tudo. Porém, o que gera a verdadeira mudança é o início da criação de sistemas positivos.

A droga não existe. A criação de sistemas não só existe como pode começar a ser feita agora.

Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso

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