Enviado por Lucca Moreira | 17 de Janeiro de 2025
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Tempo de Leitura: 6 minutos
1 história de Djokovic para refletirmos sobre paixão e objetivos;
1 conversa de Matthew McConaughey sobre a arte de delegar;
1 ideia original nossa sobre desafios e o impacto que isso têm em nossas vidas;
1 indicação de um ótimo filme para o fim de semana.
Segue um fragmento de um texto de Billy Oppenheimer traduzido por mim:
Dias após uma derrota nas quartas de final do Aberto da França de 2010, Novak Djokovic disse ao seu treinador, Marián Vajda, que havia decidido parar de jogar tênis. Ele era o número 3 do mundo, já tinha vencido um Grand Slam e era um dos favoritos para conquistar Wimbledon.
Ao ouvir Djokovic dizer que queria desistir, Vajda perguntou: “Por que você começou a jogar este esporte?” Foi quando o treinador percebeu imediatamente o problema: Djokovic estava focado demais em rankings, recordes, títulos e expectativas externas. Sobre essa época, Djokovic relembra: “Eu estava mentalmente em um lugar muito ruim.”
Ao refletir sobre a pergunta de Vajda, Djokovic se lembrou de como muitas de suas primeiras memórias de infância estavam ligadas ao seu “brinquedo mais querido” – uma mini-raquete de tênis e uma bola de espuma macia. Então, ele respondeu à pergunta: “Porque eu simplesmente amava segurar aquela raquete na minha mão.”
“Você ainda ama segurar uma raquete na mão?” Vajda perguntou. Djokovic pensou por alguns segundos, sentiu-se animado e respondeu: “Sim. Eu ainda amo segurar uma raquete na minha mão. Seja na final de um Grand Slam em uma quadra central ou apenas brincando em uma quadra pública, eu gosto de jogar pelo prazer de jogar.”
Vajda assentiu: “Bem, essa é sua fonte. É nisso que você precisa se concentrar. Deixe de lado os rankings, o que você quer conquistar e o que acha que os outros esperam de você.”
Ele sugeriu que Djokovic tirasse algumas semanas de folga. Djokovic concordou. Mas, ao acordar na manhã seguinte, sentiu uma vontade imensa de bater uma bola. Foi para as quadras jogar, simplesmente pelo prazer de jogar. “E desde aquele momento, nunca mais olhei para trás.”
Na temporada seguinte, Djokovic teve uma das melhores temporadas da história dos esportes. Ele venceu 43 partidas consecutivas, conquistou três Grand Slams – incluindo seu primeiro título em Wimbledon – e terminou o ano como número um do mundo. “Eu comecei a jogar de forma leve”, ele disse sobre aquela temporada. “Voltei a ser o garoto que eu era quando comecei a jogar.” Anos depois, ele diria: “Consigo continuar jogando nesse nível porque gosto de bater na bola de tênis.”
O que você perdeu interesse na sua vida porque acabou focando nas coisas erradas?
Tem algo que te trouxe muito prazer, que te fez bem, e que você parou porque ficou frustrado por metrificar seu sucesso de forma equivocada?
Lembre-se da sensação que te fez começar em primeiro lugar. Reconecte-se com ela. É essa paixão inicial que nos dá a constância e a felicidade de seguir em frente
Estava vendo um podcast do Matthew McConaughey com o Rick Rubin, e uma das perguntas de Rick foi: “O que você acredita que faz um grande diretor?”
Matthew então respondeu de forma brilhante: “Ele precisa conseguir fazer com que os atores sempre acreditem que as ideias do filme são deles”.
E depois complementou: “Atores gostam de ser o centro da atenção, nos achamos gênios e, por isso, o diretor que consegue nos levar à conclusão que ele deseja, mas sempre partindo de nós mesmos, consegue construir obras-primas”.
Isso é uma verdade universal. Quem, no fundo, gosta de ser mandado? Ninguém. Inclusive, na grande maioria dos ambientes que não o trabalho, se você recebe uma ordem, mesmo que queira fazer, a chance de você trocar de ideia é enorme.
Inclusive, usar dessa verdade no trabalho é de extrema valia. A melhor forma de comunicar uma tarefa é fazer a outra pessoa acreditar que a ideia veio dela.
E como os grandes diretores fazem isso?
Matthew conta que, no filme Jovens, Loucos e Rebeldes, o diretor Richard Linklater queria que ele fizesse uma cena onde o seu personagem (Wooderson) flertasse com a garota ruiva nerd da escola.
Para implantar essa ideia na cabeça de Matthew, Richard começa a falar: “O Wooderson é um cara que já ficou com todas as líderes de torcida. O que você acha se ele, dessa vez, gostar da nerd? Território inexplorado, um novo desafio.”
Matthew concorda e responde: “É… faz sentido, até porque para o Wooderson isso é um jogo.”
Richard então continua: “O que acha de fazer essa cena? Vamos tentar?”
O segredo está no “o que você acha?”. Matthew obviamente concordou, e a cena é icônica no filme.
Em conclusão, trata-se de criar o sentimento de que a ideia pertence à outra pessoa. Se conseguirmos isso, ela não apenas irá agir, mas dará o seu melhor em tudo. Afinal, a ideia é dela.
“Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela.”
Paulo Coelho
“Desafios devem ser buscados pelo simples fato de serem desafios: eles são um fim em si mesmos.”
– Lucca Moreira
Andrew Huberman, em um dos seus podcasts, explica que existe uma área do cérebro que cresce quando realizamos atividades das quais não gostamos.
A área se chama: Córtex Cingulado Médio Anterior.
O crescimento dessa área está diretamente relacionado à longevidade. Ou seja, enfrentar desafios dos quais você não gosta está te ajudando a viver mais.
Huberman vai além: assim que você começa a gostar do desafio, essa área para de crescer.
Quero chegar ao ponto de que o corpo humano foi moldado e desenvolvido para desafios, estresse, sacrifícios. Nassim Taleb, em seu livro Antifrágil, reforça essa ideia ao demonstrar que o corpo humano é feito para ser testado, estressado e levado ao limite.
Por isso, assuma compromissos difíceis. Estresse seu corpo. Estresse sua mente.
Ambos são capazes de suportar muito mais do que você imagina. Seja nos esportes, no trabalho ou nos sacrifícios diários, nosso corpo e nossa mente precisam desse tipo de estímulo para prosperar.
“Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela.”
Paulo Coelho
Onde assistir: Prime Video
Nota IMDB: 8.3
O filme Oppenheimer, dirigido por Christopher Nolan, retrata a vida de J. Robert Oppenheimer, o físico que liderou o Projeto Manhattan e desenvolveu a bomba atômica. A narrativa explora seu brilhantismo, os dilemas éticos que enfrentou e as consequências de suas escolhas.
Estou colocando essa indicação porque, além de ser um filme de qualidade incomparável, ele trabalha muito bem a ideia da paixão e do que move as pessoas.
Por mais que Oppenheimer tenha se envolvido em política, em uma guerra e em decisões extremamente complexas que levaram à sua perseguição, ele nunca abandonou sua paixão pela física e por tirar da sua cabeça algo que, desde criança, enxergava.
O filme nos convida a refletir sobre nossos próprios caminhos: o que nos fez começar e como podemos manter o equilíbrio entre nossa paixão genuína e as pressões externas que inevitavelmente surgem.
Até a próxima,
Arthur Mota,
Co-Founder Insight Espresso
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