#003 Diga a verdade. Ou pelo menos, não minta.

Enviador por Lucca Moreira | 30 de abril de 2024

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Diga a verdade. Ou pelo menos, não minta.

Tempo de Leitura: 5 minutos

O que vamos explorar hoje?

  • A força devastadora das mentiras e como elas nos moldam.

  • Como as mentiras pessoais podem levar à nossa própria ruína

  • A importância de buscar a verdade, segundo Jordan Peterson.

A força das mentiras

O título do insight de hoje é a oitava regra do livro de Jordan Peterson, “12 Regras para a Vida”, onde ele explora a força dominante que as mentiras exercem em nossas vidas e no mundo, e apresenta a busca pela verdade como o melhor antídoto contra elas.

Ao ler o livro em 2022, esta regra se destacou para mim, principalmente pela maneira como Peterson descreve as mentiras, fazendo-me refletir sobre a frequência com que eu próprio mentia.

Nossa capacidade de imaginar, que nos permite ser criativos, também nos dá a habilidade de criar mentiras, pequenas ou grandes, que podem nos levar à ruína.

Importante ressaltar que a mentira, neste contexto, não se refere apenas ao que comunicamos aos outros; a mentira mais crítica é aquela que contamos a nós mesmos. Trata-se de uma cegueira em relação à nossa própria vida, uma complacência em relação ao mundo ao nosso redor.

Após entender essa regra, nunca deixei de me atentar a isso na minha vida, o que torna as mentiras mais difíceis de acontecer porém elas existem. O ciclo começa com pequenas mentiras que, se não controladas, crescem e começam a afetar profundamente nós mesmos e nossa vida.

Percebendo as mentiras

Identificar essas mentiras não é uma tarefa simples. Uma forma que encontrei, que faz muito sentido, é observar a racionalização de nossos impulsos.

Racionalizar significa justificar um desejo de curto prazo com argumentos lógicos para convencer a si mesmo de que aquilo é o melhor a se fazer. Um exemplo na minha vida disso aconteceu no ano passado, quando tentei parar de beber.

Tinha decidido em Setembro passar o mês sem beber, e consegui duas semanas tranquilamente, até que meu aniversário chegou.

Naquele dia, apesar de ter decidido não beber desde a hora que acordei, essa resolução durou até o meu evento começar. No primeiro questionamento por um amigo, racionalizei até não aguentar mais.

Uma simples pergunta me fez encontrar uma maneira lógica de explicar minha quebra de promessa. Após alguns minutos me convenci de que, por ser meu aniversário, deveria aproveitar e era só um dia. Parecia inocente na hora? Claro… E era? Não!

Esse é um exemplo claro de como pequenas mentiras podem levar a decisões que contrariam nossos objetivos maiores e suas consequências são geralmente mais séries do que parecem ser na hora.

Essa inocente vez me fez mentir pra mim mesmo até o final do ano. Foi desculpa atrás de desculpa, tudo porque eu tinha perdido a batalha mais importante, o primeiro “NÃO”. Só depois do reveillon que consegui me encontrar novamente e desde então não tomei uma gota de álcool.

A Autenticidade e as Consequências das Mentiras

Como Peterson coloca, há duas vozes que podemos seguir: a voz da autenticidade:

“Eu queria que isso acontecesse? Não. Então minha mira e meus métodos estão errados. Eu ainda tenho algo à aprender.”

E a voz da mentira:

“Eu queria que isso acontecesse? Não. Então o mundo é injusto. Pessoas são invejosas, e muito burras para entender. A culpa é de outra pessoa”

A voz da autenticidade nos encoraja a admitir nossas falhas e aprender com elas, e a voz da mentira, só quer saber de transferir a culpa para o mundo e para os outros

Reconhecer essas vozes e escolher a autenticidade pode nos impedir de dar desculpas esfarrapadas e nos levar a confrontar a verdade.

Na escolha de falar a verdade, você vive a partir dos seus valores pessoais, o que resulta em um progresso real e duradouro em sua vida.

“Então se a sua vida não é o que poderia ser, tente falar a verdade. Se você se agarra desesperadamente a uma ideologia, tente falar a verdade. Se você se sente fraco e rejeitado, desesperado, confuso, tente falar a verdade. No Paraíso, todos falam a verdade. É isso que o faz ser o Paraíso. ”

– Jordan Peterson, 12 regras para a Vida.

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