#017 Se tornando mestre do seu próprio reino

Enviador por Arthur Mota | 11 de Junho de 2024

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Se tornando mestre do seu próprio reino

Tempo de Leitura: 6 minutos

O que vamos explorar hoje?

  • Uma reflexão sobre autoconhecimento, autenticidade e liderança;

  • A representação de retornar a si mesmo, ilustrada em uma cena do filme “Rei Arthur”;

  • Uma frase de Ryan Holiday sobre a nossa maior missão na vida.

A visão de Guy Ritchie sobre retornarmos a nós mesmos

Hoje vamos mergulhar em uma conversa genial entre Guy Ritchie e Joe Rogan, na qual Ritchie cita seu filme “Rei Arthur”, indicado na edição #004 da nossa newsletter.

Com a maestria de um verdadeiro contador de histórias, Ritchie começa a explicar uma visão profunda sobre como assumirmos o protagonismo de nossas vidas.

Aos olhos de Guy Ritchie, a história do Rei Arthur é uma representação da principal batalha que enfrentamos na vida, que é nos tornarmos mestres do nosso próprio reino.

Antes de se tornar rei, Arthur era um menino de rua, tendo sido criado em um bordel, após ser resgatado por prostitutas. Contudo, ele também era filho do antigo rei, que perdeu o trono para um traidor.

O sangue das ruas corria nas veias de Arthur, mas ele também tinha o sangue da realeza…

Segundo Ritchie, a ideia por trás da história do Rei Arthur nos leva a refletir que cada um é, dentro de si, nobre e senhor de seu próprio reino, independente do que estamos vivendo no mundo material.

Durante toda a sua ascensão, mesmo estando nos lugares errados, Arthur prova ser um homem nobre, sendo justo em negociações, protetor e líder quando necessário.

Porém, o momento de concretização da profunda mudança na história de Arthur e seu ‘retorno a si mesmo’ acontece na parte mais icônica do filme, a retirada da espada na pedra.

Nesse momento, o destino de Arthur se concretiza e ele começa a ser perseguido, caçado e tem que enfrentar os piores obstáculos de sua vida, simbolizados por um dragão no filme.

Para se afirmar no mundo, ele sabe que o caminho é apenas um, enfrentar seus desafios de peito aberto e combater seus demônios internos, a verdadeira batalha.

Assim como Arthur, temos que assumir a responsabilidade de nossas vidas e enfrentar nossos ‘demônios’, para, aí sim, ‘chegarmos ao trono’, nos tornarmos mestres do nosso próprio reino.

Na história que contamos acima, a pedra simboliza o mundo material e as amarras sociais, que parecem sólidas porque projetamos nossa identidade sobre elas. Estamos habituados a atribuir valor a nós mesmos por status, posses e pelo julgamento de outros.

Arthur só encontra seu destino quando se dispôs a enfrentar seus próprios ‘demônios’. Assim, a cena em que a espada é retirada da pedra representa o início destes enfrentamentos, o  fim da dependência  das amarras externas e o ‘retorno a si mesmo’.

Todos nós enfrentamos essas ‘pedras’, amarras que nos impedem de avançar, por mais desenvolvidos que acreditemos ser.

Essas amarras podem ser a necessidade de aprovação dos nossos pais em relação à faculdade que escolhemos e à profissão que pretendemos seguir, a impressão de que precisamos agradar a todos ao nosso redor, ou mesmo a sensação de que devemos impressionar as pessoas com bens materiais ou conquistas pessoais.

Reconhecendo a existência dessas ‘pedras’, o primeiro passo para a evolução é parar de buscar validação externa, enfrentando os ‘demônios’ que criamos e assumindo a responsabilidade por eles. O confronto se torna direto com quem realmente somos.

Ao nos depararmos com essa situação, devemos nos preparar para remover todas essas ‘muletas’ e nos afirmar livres das amarras que não nos trazem felicidade.

O trabalho mais importante das nossas vidas

“Ser uma boa pessoa exige trabalho, talvez mais trabalho do que ser uma pessoa grandiosa (isto é, bem-sucedida ou famosa). Mas é o trabalho mais importante que você pode fazer. O mundo depende de nós para isso. Quem vamos ser depende disso.”

– Ryan Holiday

Muitos de nós buscamos aprovação externa como um sinal de sucesso e realização pessoal. No entanto, nosso maior desafio e o espírito da verdadeira liderança e autenticidade não se encontra na conquista de posições de destaque ou na busca por reconhecimento externo, mas sim na habilidade de enfrentar e superar nossos desafios internos.

Reflita. Você nunca se perguntou “por que falei isso?” após fazer um comentário que não condiz com quem você realmente é, só porque achava necessário para “se encaixar” naquele ambiente? Ou “por que estou indo a esse evento?”, sem ter certeza se era realmente isso que queria?

Devemos nos observar, nos fazermos essas e outras perguntas e reconhecermos que não temos nada a ganhar quando não somos nós mesmos, ou não agimos de acordo com a nossa essência.

Abaixo, listo algumas perguntas que acredito serem essenciais para nos fazermos com alguma recorrência:

  • Por que eu fiz isso? Isso condiz com quem eu sou?

  • Quais são meus valores fundamentais e como essa ação se alinha com eles?

  • Essa decisão é influenciada por pressões externas ou pelos meus próprios princípios internos?

  • Essa ação me aproxima ou me afasta do meu verdadeiro eu?

  • Como me sinto em relação a essa decisão quando fico em silêncio e reflito?

Cada dia é uma batalha contra nós mesmos!

Assim como Arthur, que foi criado longe do trono e teve que enfrentar grandes adversidades antes de reivindicar seu lugar como rei, cada um de nós tem uma jornada única, repleta de desafios.

Retorne a si mesmo

Ao refletir sobre a história de Arthur, somos convidados a reconhecer a jornada que cada um de nós deve iniciar em busca da nossa verdade.

Retorne a si mesmo, analise sua história, suas escolhas, as muletas das quais você acha que depende e abrace suas lutas e dificuldades como oportunidades de crescimento.

“Você deve ser o mestre do seu próprio reino”

– Guy Ritchie

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