Enviador por Lucca Moreira | 10 de Setembro de 2024
A Tuesday Reflections está no Spotify. Para escutar é só clicar aqui.
Tempo de Leitura: 6 minutos
Como lidar com a racionalização negativa;
A forma de driblar a paralisia do iniciante;
Uma frase de Earl Nightingale sobre a correlação entre fé e persistência.
Na quinta-feira, tive uma reunião em que definimos, em um outro projeto que estou tocando, as metas dos próximos 4 meses.
São metas agressivas, atingíveis, porém desafiadoras, e que definem muito do meu esforço no ano…
Metas atingidas significam um ótimo bônus no final do ano; não atingi-las significa receber zero. Sem meio termo, sem exceções.
Ao mesmo tempo que é incrível, posso acabar dedicando horrores e, ainda assim, receber muito menos do que eu gostaria. Minha mente começou a racionalizar, e o sentimento que pairava era: será que vale a pena?
James Clear tem uma frase incrível que me ajudou a encarar isso de forma mais leve. A frase é a seguinte:
“O problema com pessoas inteligentes é que elas conseguem encontrar boas razões para não fazer nada. Elas são espertas o suficiente para encontrar as falhas, prever os desafios e se convencer a desistir da ideia. Elas são especialistas em justificar sua falta de coragem ou de ação com uma desculpa inteligente.”
Quando o bicho pega, quando estamos olhando para o abismo, nossa tendência é começar a racionalizar desculpas. Foi bom ler isso porque percebi o quanto eu já havia feito essa racionalização negativa e de desistência.
Ou seja, estar autoconsciente me permitiu não só enxergar, mas lutar contra cada fibra do meu corpo que dizia: “Você não vai conseguir bater a meta… Pra que tentar e desperdiçar seu tempo?… Você não tem o conhecimento necessário…”
O começo de qualquer coisa nova, seja esta newsletter que você está lendo ou o novo projeto, gera algo que chamo de “paralisia do iniciante”.
Tenho plena confiança de que até pessoas como Elon Musk e Bill Gates sentiram isso quando começaram.
A paralisia acontece porque, no início, ainda estamos em um momento em que não temos todas as informações e, portanto, o caminho para o objetivo também não está claro.
A grande diferença entre sucesso e fracasso, nessa hora, é não se permitir paralisar, acreditando profundamente que é possível e fazendo qualquer coisa que faça sentido para você atingir o que quer.
Acreditar e agir podem te levar ao caminho errado e te fazer “perder” horas para descobrir que era o caminho errado? Talvez. Mas, depois disso, você terá a certeza de que aquele não era o caminho certo.
Todo esforço e dedicação tem valor, mesmo que seja apenas para mostrar que o caminho não é aquele. Cada pequeno passo, cada direção errada, cada falha trazem um pouco mais de informação para te aproximar do seu objetivo.
Mas, para continuar errando o caminho e tentando novamente, é preciso coragem e fé.
Sem a fé de que é possível, nossos medos tomam conta, e, como consequência, paralisamos.
A única forma de combater essa incerteza do ponto de partida, de enfrentar nossos medos e dúvidas, é acreditando que é possível.
A Insight saiu do papel, mas não foi o primeiro negócio que tentei criar. Em janeiro de 2021, eu e um grande amigo tentamos começar um negócio de bebidas. A ideia era trazer a hard seltzer, que estava bombando nos EUA, para o Brasil.
Começamos bem, fazendo e estudando o que parecia certo para nós. A paralisia, nesse caso, veio em um segundo momento, quando nos perdemos sobre como realmente produzir em escala a bebida e conseguir o investimento externo para viabilizar o negócio.
Poderíamos ter começado a criar o pitch, marcar reuniões; possuíamos uma rede de contatos que com persistência traria investidores. No entanto, como o risco era grande e não estávamos convictos, optamos por desistir.
Racionalizamos os motivos da fuga, congelamos o projeto e seguimos com nossas vidas.
Deixamos as incertezas falarem mais alto do que nossas crenças e, portanto, a paralisia se tornou o caminho de maior sentido.
“Quando você é persistente, está demonstrando fé. Persistência é simplesmente outra palavra para fé. Se você não tivesse fé, jamais persistiria.”
– Earl Nightingale
No início da Insight, fiquei muito ansioso; a paralisia por pouco não tomou conta. Desculpas, racionalizações negativas e a vontade de fugir eram grandes, mas continuei fazendo.
Diferente do Lucca de 2021, entendi o poder de acreditar, o poder da mente sobre nossas ações, e me convenci de que é possível até que se torne realidade.
Com esse novo projeto, estou abordando da mesma forma. Sei que a paralisia do iniciante não vai mais acontecer.
Como eu sei? Porque a paralisia é inversamente proporcional à crença.
Quanto mais acreditamos, menos paralisados ficamos, porque, mesmo sem saber exatamente o caminho, continuaremos tentando.
magine que você está diante de uma floresta densa e quase impenetrável.
O destino que você quer alcançar está do outro lado, mas o caminho é incerto. Você tem um machado em mãos, e sua missão é abrir um caminho através dessa mata fechada.
No entanto, ao olhar para a vastidão de árvores e galhos que bloqueiam sua visão, você começa a hesitar. E se o caminho que você escolheu for o errado? E se gastar suas energias cortando as árvores na direção errada? A dúvida começa a pesar, e a paralisia se instala.
À medida que você tenta prever todos os obstáculos e se questiona sobre qual seria o caminho certo, o medo de errar cresce e o impede de começar.
A única maneira de superar essa paralisia é simples: pegar o machado e começar a cortar em qualquer direção. Mesmo que mais tarde você descubra que escolheu o caminho errado, cada árvore cortada abre um pouco de espaço na floresta.
Você vai aprendendo com cada erro, entendendo um pouco mais sobre a floresta ao seu redor, e aos poucos, o caminho para o outro lado começa a se revelar.
Persistência e fé caminham juntas; cada passo, cada golpe na floresta, reforça sua confiança de que é possível atravessar.
Acredite, pegue o machado e comece a cortar.
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