#045 Busca por aventura vs por felicidade

Enviador por Lucca Moreira | 17 de Setembro de 2024

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Busca por aventura vs por felicidade

Tempo de Leitura: 5 minutos

O que vamos explorar hoje?

  • Como Abraão se encontrou na busca pela aventura;

  • A fragilidade da vida focada na busca da felicidade;

  • Uma reflexão sobre a realidade de sofrer.

Abraão, o menino homem

Estava vendo um vídeo do Jordan Peterson e, para começar o tema de hoje, não há melhor forma do que usar a história que Jordan conta: de Abraão.

Abraão, nas histórias bíblicas, é um “menino-homem” por grande parte de sua vida. Ele é filho de pais ricos, e, até a velha idade (nas histórias, relatos de que teria 80 anos), vivia nas regalias e conforto dos pais.

Não precisava se desafiar, não precisava correr atrás de nada… Sua vida era feita de festas, frutas frescas e tranquilidade.

Até que Deus chega para Abraão e diz que seu destino é ser uma figura que irá reverberar por gerações, deixando um legado na eternidade. Só que, para isso acontecer, ele precisa sair do seu casulo e buscar aventuras.

E assim, Abraão vai atrás de aventuras e, consequentemente, deixa seu legado e sua marca na história da humanidade.

Olhando de fora para a vida de pessoas parecidas com o “menino-homem” Abraão, das festas e regalias, sentimos muitas vezes um desejo de estar vivendo aquilo, em vez da nossa vida complicada e estressante.

No entanto, o que a história nos mostra – o que não enxergamos muitas vezes quando olhamos ao nosso redor e vemos pessoas vivendo essa vida – é que ela não é confiável como um exemplo de “vida bem vivida.”

Os primeiros passos

A vida de facilidades, marcada pela busca incessante da felicidade, sempre te deixará na mão. Isso acontece porque essa vida não te prepara para as dificuldades que você terá que enfrentar…

Dificuldades que SEMPRE chegarão.

Elas virão em diferentes formas e tamanhos, mas ninguém escapa delas. E é exatamente por essa certeza de desafios, que a vida focada unicamente na felicidade não se sustenta e pode te destruir.

Ela provavelmente vai te deixar despreparado para lidar com a inevitabilidade de desafios na vida.

Por outro lado, Jordan propõe um outro possível objetivo na vida, mais forte e significativo que a felicidade: a busca por aventura.

Contamos a história de que não gostamos de sofrer, ao mesmo tempo que queremos, no mínimo, ser desafiados.

Toda a nossa vida é uma constante busca por atingir novos limites, e é isso que faz da vida divertida.

Quando pequenos, aprendemos a andar. Imagine (porque acho difícil lembrarmos) o medo que devemos sentir.

Por 1 a 2 anos de nossas vidas, a forma de locomoção era utilizando os 4 membros do nosso corpo; estamos perto do chão e é praticamente impossível se machucar ao cair.

Aí, por algum motivo – talvez por observar nossos pais andando só com as pernas – pensamos: “Quero fazer isso também”.

Começamos a aventura de aprender a andar. E aí sofremos, nos frustramos, nos machucamos e caímos em busca desse novo objetivo.

E aí eu te pergunto: será que realmente não queremos sofrer? Será que o sofrimento é algo que devemos evitar a todo custo?

Não deixe a chama da aventura apagar

À medida que nossa vida vai passando, quanto mais velhos ficamos, a vontade de evitar o sofrimento vai se tornando cada vez mais forte e presente…

A chama da aventura, que até a adolescência era parte integral do nosso objetivo, começa a se apagar, e o desejo por conforto e felicidade toma o lugar dela.

Isso, porém, gera uma contradição enorme, porque, como falamos ali em cima, as dificuldades não vão parar de aparecer…

Os desafios não se tornarão mais fáceis, então como esperar que o conforto é o caminho? Ele vai nos deixar despreparados e mais vulneráveis.

Voltando à analogia da criança, é como se estivéssemos trocando caminhar com nossas próprias pernas para ficarmos mais perto do chão, onde machucar é mais difícil.

Só que seguir a vida dessa forma, assim como Abraão o fez por quase toda a sua, não gerará nada significativo…

Apenas medo e conforto, dois sentimentos que deixam o ser humano estagnado.

Essa troca de busca por felicidade para busca por aventura é o caminho que Abraão precisou seguir para suportar o mundo cruel e difícil em que vivemos… Para construir algo duradouro e permanente.

Faça como Abraão. Busque aventuras, viva por elas, enfrente seus medos e percorra o caminho incerto.

Muitas vezes vamos achar que o caminho em que estamos está complicado demais, que você só queria estar tranquilo e confortável, e eu estou aqui para te dizer que isso não é verdade…

Desde seu 1° ano no mundo, você está buscando desafios, puxando seus limites e crescendo. Por que agora seria diferente?

Esqueça viver pela felicidade. Isso é utópico, porque viver pela felicidade nos faz infelizes. Viva pela aventura e supere os desafios. Prometo que a felicidade estará lá.

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